5 MANEIRAS DE SE PREPARAR PARA A APOSENTADORIA.

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O tema educação financeira é algo ainda pouco abordado pela maioria dos brasileiros que são, entre as populações de diversos países, aqueles que menos se preocupam com o seu próprio futuro financeiro.

Mesmo em um país em que não se fala em outra coisa que não o rombo previdenciário e a incerteza na garantia do benefício da aposentadoria para todo mundo, a maioria de nós insiste em deixar para amanhã um problema que bate à nossa porta hoje: como manteremos nosso padrão de vida após deixar o mercado de trabalho?

Com o tema aposentadoria estando hoje entre os debates mais acalorados, o brasileiro pouco tem feito para se preparar para a aposentadoria, postergando o início de sua reserva financeira e delegando a responsabilidade de um futuro tranquilo a um Estado paternalista.

Partindo então do princípio que o livro Previdência sem Segredos vem trazer luz ao tema a fim de esclarecer como funcionam os modelos público e privado de aposentadoria, separamos abaixo cinco dicas de como se preparar adequadamente para a aposentadoria:

1) Revise suas contas hoje mesmo:

O primeiro passo para iniciar uma poupança é antes revisar as contas à pagar em aberto que o investidor possui. Financiamentos, parcelas do cartão de crédito, empréstimos bancários. Todas essas despesas consomem o fluxo de caixa familiar e inibem a capacidade de poupança.

Reavaliar gastos supérfluos também é uma maneira de economizar valores que poderiam estar sendo destinados às economias. Assinaturas de revistas/produtos que não são mais lidos, mensalidades de cursos que já foram abandonados, planos de academia que não são mais frequentadas e pontos extras de TV à cabo que não são assistidos.

Apesar de pequenas as parcelas, muitas vezes a soma destas representam um elevado percentual sobre as receitas totais e não agregam mais ao investidor.

2) Entenda em que fase da vida você está:

O curso da nossa vida normal pode ser dividido em infância, adolescência, vida adulta e a velhice. Já a nossa vida financeira é dividida em outras quatro fases diferentes e entender em qual delas você está é essencial:

– Fase I (18 a 25 anos):

A primeira fase do ciclo financeiro compreende em renda baixa e despesas altas. Com o início da vida profissional as pessoas tendem a possuir uma renda baixa devido à pouca capacitação profissional e falta de experiência. Por outro lado possuem elevados gastos com despesas como faculdade, primeiro carro e também vida social. O segredo nessa fase é não contrair dívidas elevadas e de longo prazo, tentando economizar valores, mesmos que baixos, sempre que possível.

– Fase II (25 a 40 anos):

Com uma graduação completa e já alguma experiência no ramo de atuação, a segunda fase é marcada pelo crescimento da renda dos trabalhadores de acordo com o avanço em suas vidas profissionais. No entanto, essa fase também compreende o momento em que as famílias são originadas, o que pode implicar em gastos com filhos e etc., além do sonho na aquisição da casa própria.

Para esta fase a recomendação é o controle firme de gastos e a destinação de sobras monetárias à criação de dois tipos de poupança, a dos filhos (gastos como saúde, educação, vestuário) e a poupança da aposentadoria (aquisição de imóveis, aplicações em investimentos, constituição de reservas).

– Fase III (40 a 60 anos):

Considerada a fase da estabilização, o profissional tende a já estar no auge de sua carreira e com a constituição de algum patrimônio (imóvel, automóveis). É nesta fase também que as despesas com filhos começam a diminuir uma vez que em sua maioria estes já estão próximos à maioridade e já possuem suas próprias fontes de renda.

Para esta fase a recomendação é a eliminação de gastos supérfluos e a conservação de patrimônio para um melhor aproveitamento da fase seguinte.

– Fase IV (60+ anos):

Na última fase da vida financeira, tendemos a já estar fora do mercado de trabalho e estarmos mirando a aposentadoria. Com a diminuição brusca das receitas e o crescimento acentuado de despesas (principalmente saúde), deve-se atentar ao controle de gastos descontrolados e ao uso consciente das reservas constituídas ao longo das demais fases.

3) Entenda o seu perfil de investidor:

Entender o seu perfil de investidor dará maior controle ao poupador sobre como deve gerir sua carteira de investimentos a fim de não correr maiores riscos do que o necessário ou o aceitável.

Perfis conservadores tendem preferir investimentos mais seguros, mesmo que com uma menor rentabilidade. Já perfis moderados preferem conciliar segurança e retorno, aceitando riscos maiores ao investir. Por fim, perfis agressivos buscam ganhos expressivos e o crescimento acelerado de seu patrimônio, aceitando elevados riscos sobre suas aplicações.

Entender o perfil de investidor que se enquadra ao seu estilo lhe dará maior segurança na constituição de suas previdências para a aposentadoria, podendo você construir reservas que respeitem o risco aceitável, não pondo todas as economias à perder.

4) Tenha um planejamento sólido:

Com as respostas dos pontos anteriores em mãos (em que fase você se encontra, qual seu perfil de risco ao investir e a revisão de todos os seus gastos) é possível desenhar um plano de ação para a criação de uma reserva monetária para o momento da aposentadoria.

A combinação de pouca idade com perfis de risco mais agressivos permitem o investidor arriscar mais e, consequentemente, a criar maiores reservas financeiras através de investimentos mais arriscados que, caso se traduzam em perda, podem ser recuperados ao longo das demais fases, quando este possui maior tempo disponível.

Já pessoas com idade mais avançada (terceira ou quarta fase) necessitam de maior cautela, uma vez que a maior proximidade ao momento da aposentadoria não permite que o investidor arrisque todo seu patrimônio de anos anteriores em investimentos de alto risco que podem dissolver a reserva financeira.

Equilibrar a fase de sua vida com o seu perfil do investidor dará a você o sucesso financeiro desejável.

5) Crie ativos para si e não passivos:

Ao longo de toda a vida financeira, o mais importante é que as pessoas adquiram ativos que lhe tragam retorno, ao contrário de passivos, que subtraem nosso capital.

Um imóvel adquirido para alugar pode ser considerado um ativo valioso, quando além de ser um bem imobilizado, a pessoa pode auferir renda através de sua locação. Já um automóvel conversível é considerado um passivo, quando sua manutenção só traz gastos, não trazendo nenhum benefício financeiro ao seu dono.

Constituir ativos que lhe permitem ter uma renda extra é o sucesso para que, ao final de sua vida profissional, você possua uma fonte alternativa e constante de recursos.

Então é isso! Agora você já sabe como se preparar melhor para a sua aposentadoria. Se gostou do artigo, não deixe de conhecer o primeiro livro do Economia sem Segredos!

Até a próxima!

 

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