AMÉRICA LATINA – ARGENTINA.

Tempo de leitura: 6 minutos

País: República Argentina
Idioma: Espanhol
Moeda: Peso Argentino (ARS)
IDH: 0,811 (45º)
Ranking Mundial: 488 Bilhões de dólares (29º)

História

Em 1516, data do descobrimento do Rio da Prata, o espanhol Juan Diaz de Sólis, procurando um atalho para o Oceano Pacífico, acabou aportando entre o Uruguai e a Argentina, aonde foi morte pelos povos do local. Em uma segunda tentativa, Fernão de Magalhães percorreu toda a costa litorânea argentina realizando descrições geográficas das terras descobertas. Foi quando em 1526 outra expedição tentou refazer o mesmo caminho e acabou indo parar no Rio da Prata em busca da Serra da Prata, uma promessa de uma montanha cheia de riquezas , porém sem nenhum sucesso.

Em 1534, as terras da América do Sul foram divididas em capitanias hereditárias, e o norte da Argentina foi dado a Pedro de Mendoza, que mais tarde fundou o porto de Santa Maria del Buen Ayre, precursora de Buenos Aires. Com a colonização iniciada, muitas cidades foram sendo fundadas e dando origens às atuais cidades da Argentina.

Com a colonização, veio também o comercio e o progresso. Com o desenvolvimento acelerado das colônias e das ideias liberais advindas da independência dos Estados Unidos e da Revolução Francesa, a Argentina começou o seu processo de independência da Espanha em maio de 1810, conhecida como a Revolução de Maio. Foi quando em 1822, José de San Martin e Simón Bolivar declararam a Argentina um Estado livre.

Política

Cristina

A história política da Argentina foi bastante conturbada, assim como em sua maioria nos países latino americanos. Logo após a independência, diversas disputas pelo controle dos estados foram travadas. Quando enfim as coisas começaram a se acertar, o poder econômico da Argentina se destacou e o crescimento do país foi espetacular.

Durante o governo de Yrigoyen a classe média do país saboreou um desenvolvimento econômico muito forte. As universidades sofreram reformas, houve a criação da Marinha Mercante Nacional, a triplicação da produção de petróleo, e também a 1º Guerra Mundial que consumia toda a produção de produtos primários do país, fazendo a Argentina o país mais rico da América do Sul.

No governo de Torcuato a economia deslanchou de vez. Dando continuidade às reformas e aos estímulos do governo anterior, Torcuato investiu em ferrovias e estradas e permitiu o campo se comunicar com a cidade e com os portos, o que fez o PIB da Argentina crescer tanto que em 1928 o país era a sexta maior economia do mundo, a frente de países como Canadá, Itália e Austrália.

No segundo governo de Yrigoyen, o mundo inteiro passou por um mal econômico. O crash de 1929 nos EUA. Com a fragilidade do governo ocorre então um golpe de estado e a economia antes tão desenvolvida entra em uma recessão agressiva. Porém, como sorte grande é pouco, três anos depois do golpe os ditadores renunciam e o novo presidente eleito levanta a economia do país rapidamente, e depois de 1940 foi aprovado no país um novo modelo econômico expansionista que atraiu o capital estrangeiro para o país além da imigração europeia.

Regime militar

Depois do golpe militar no governo de Juan Peron, um dos mais populares políticos argentinos, o regime militar se instaurou. Em 1982 iniciou-se a Guerra das Malvinas contra o Reino Unido e com o fracasso da Argentina e com a instabilidade no país, os militares dominaram e impuseram severas restrições aos mais diversos setores da sociedade.

Neste período o país perdeu em muito o que tinha conquistado economicamente. O país pós Peron apresentou um crescimento expressivo em suas exportações com diversos incentivos econômicos às indústrias, e durante o regime militar as intervenções estatais culminaram num empobrecimento populacional sem precedentes.

Volta a democracia.

Em 1989, com a democracia instaurada no país o presidente eleito herda um país às ruinas, com déficits fiscais crônicos. O governo durante muito tempo continuou tentando reaquecer a economia, quando em 2001 a Argentina entra na pior crise econômica do país, com o desemprego batendo em 25% da população e a taxa de câmbio totalmente desvalorizada.

Em meados de 2003 foi quando o país voltou a se reerguer com o governo de Néstor Kirchner, com a volta das exportações e o maior controle fiscal que possibilitou a reestruturação de suas dívidas com o FMI.

Economia

Alguns dos setores econômicos são:

Indústria: a indústria Argentina é bem desenvolvida, devido principalmente aos investimentos feitos no passado, que possibilitaram uma maior infraestrutura para o setor privado. Os polos fortes da economia são os veículos motorizados, têxtil, petroquímico, alimentício e consumo de bens duráveis.

Agricultura: a agricultura argentina é uma das mais diversificadas e produtivas de todo o mundo por conta de um dos melhores solos cultiváveis. O principal produto, o trigo, gira em torno de 15 milhões de toneladas/ano. Outros produtos como milho, amendoim, aveia e cevada fazem da Argentina uma das maiores produtoras de cereais e grãos.

Pecuária: com mais de 50 milhões de cabeças bovinas e 15 milhões de ovinas, a Argentina produz anualmente cerca de 3,5 milhões de toneladas de carne. Antes um dos 10 top exportadores de carne, atualmente o país vem sofrendo com as constantes intervenções do governo no mercado. A pesca no país atualmente é de mais de um milhão de toneladas de peixes.

Curiosidades

  • A palavra Argentina tem vem do latim “argentum” que significa prata. O nome foi concedido pelos primeiros exploradores europeus que, no começo do século XVI, acreditavam que havia uma montanha de prata na região.
  • A carne bovina é um dos principais alimentos consumidos pelos argentinos. Podemos citar como pratos típicos da culinária argentina: churrasco, assado de carne bovina, picada criolla e locro. O vinho e o mate são bebidas muito consumidas pelos argentinos.
  • Um pouco mais da metade da população argentina vive na região metropolitana de Buenos Aires.
  • A Argentina possui cinco ganhadores do prêmio Nobel sendo dois em Medicina, dois da Paz e um em Química.

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Até a próxima!

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