AMÉRICA LATINA – CHILE.

Tempo de leitura: 6 minutos

País: República do Chile
Idioma: Espanhol
Moeda: Peso Chileno (CLP)
IDH: 0,819 (40º)
Ranking Mundial: 268 bilhões de dólares (37º)

História

Assim como o descobridor da Argentina, Fernão de Magalhães foi o primeiro a adentrar o território chileno em 1519. Após percorrer todo o litoral brasileiro e argentino, em 1520 Magalhães deu nome aquele lugar de Estreito de todos os Santos. Depois, outro explorador, Diego de Almargo, em busca de riqueza desbravou todo o território chileno travando diversas batalhas com os povos Incas, moradores do local.

Numa segunda expedição, Pedro Valdivia adentrou o território chileno e a cada batalha vencida constituía uma nova cidade consagrando a hegemonia espanhola sobre a América do Sul, resultando na fundação da cidade cede da administração das terras chilenas em Santiago.

Já no século XIX, com a notícia de que Napoleão havia invadido a Espanha e fizera o Rei um prisioneiro, gerou-se uma rebelião no Chile e foi criado um partido com o intuito de se ter uma maior autonomia em relação à Espanha sem a sua total separação. Sabendo disto, tropas reais espanholas entraram em choque com os separatistas para reaver o comando do país, quando em 1817 um exército a comando do general argentino José de San Martín derrotou a tropa real e deu início a emancipação chilena.

Política

A história política do Chile é tão complicada como a da maioria dos países sul-americanos. Após a independência, o país foi comandado pelo general Ramón Freire, que escreveu a Constituição Moralista para controlar a população, mas devido à instabilidade política e a uma grave crise econômica, o governo de Freire vem a baixo.

Com uma sucessão de diversos governos em um curtíssimo espaço de tempo, a população do país encontrava-se rebelada, quando em 1828 o liberal Francisco Antônio Pinto aprova a constituição de caráter mais liberal, porém sob acusações de fraude nas eleições houve um levante do exército que toma controle do Sul do Chile dando início a revolução de 1829.

Com o regime autoritário, o presidente da República tinha poderes absolutos e comandava durante cinco anos, podendo se reeleger por mais cinco. Nesta época a economia começou a se levantar com o investimento em infraestrutura coo estradas de ferro, pontes e a industrialização de diversas cidades.

Anos após a queda do regime autoritário, um governo mais pacificador, com menos poderes centrais entra no comando com a volta do pensamento liberalista, mas como o que é bom dura pouco, a burguesia do país aliada a grandes latifundiários e a bancários começou a dar palpites nas decisões políticas e transformou o presidente em uma figura simbolista e sem reais poderes.

Deu-se no país um início de um novo rebuliço, desta vez partindo da sociedade como um todo, quando os trabalhadores resolveram ir às ruas para protestar dos maus serviços públicos a que tinham direito, tal como exigir melhores condições de trabalho das empresas. Com esta situação de descontrole populacional, a junta militar renuncia ao poder e volta o poder do Presidente da República.

No período subsequente, o país se viu pego pela quebra da bolsa dos EUA, em 1929, o que levou a economia mundial ao fundo do poço. Com dívidas com os Estados Unidos e o colapso na sua indústria de mineração, a crise atingiu o Chile e cheio fazendo dele o país mais afetado do mundo. Somente anos depois com o presidente conseguindo afastar de vez o poder militar do governo que a economia do país começou a se estabilizar.

O golpe militar

ditadura chile

Em 1973, a força aérea e a marinha chilena se lançam em um movimento de dominação em busca da tomada do poder presidencial através de um golpe militar. Os principais nomes militares enviam uma mensagem ao presidente que responde a altura enviando uma carta à população contando-lhes sobre o ocorrido e informando a todos que não irá entregar seu cargo. Depois do confronto dos golpistas contra os partidários fiéis ao governo, os militares invadem o prédio do governo e o presidente se suicida.

Com o governo da junta militar aterrorizando a população com prisões e execuções aos montes, o governo prendeu e torturou seus principais rivais políticos além de mais de 35 mil civis sendo torturados.

Com um choque de gestão econômico, o governo realizou uma das maiores reformas do país na área econômica, cortando custos do governo, demitindo funcionários públicos e aumentando diversos impostos. Como consequência disto, a economia despencou e o PIB foi sofrível no início dos militares. Somente a partir de 1977, quando os EUA começaram a se levantar, foi que o Chile conseguiu emplacar um crescimento econômico através do aumento das exportações de cobre, então o seu maior produto.

A volta da democracia.

Após um período de bonança, a economia começou a ruir com as pressões de outros países contra o regime militar chileno. Os militares no poder não conseguem sustentar sua hegemonia e acabam por fim na década de 90 entregando o poder.

Com a democracia instaurada, as relações com os países do exterior voltam com tudo após o isolamento militar, o que abra margem para o Chile deslanchar novamente em crescimento econômico, chegando a crescer 8% ao ano de 1994 a 1997, o que abriu portas de negociações com os EUA, Canadá e a UE.

Economia

A economia do Chile é uma economia essencialmente liberal, com diversas características pró-mercado. No país, a maioria das empresas é do setor privado e o governo, em suma, limita-se ao papel de regulador do mercado.

O Chile possui uma grande parcela de sua economia voltada às exportações , sendo os principais produtos frutas, peixes, vinhos, produtos químicos e commodities (cobre), com seus principais destinos na China, EUA, Japão, México e Brasil.

A taxa de desemprego do Chile é considerada baixa, girando em torno de 6% e sua inflação tem se mantido no centro da meta do governo (de 2% a 4%) desde 1998. A população chilena possui em geral boas reservas financeiras e quase a totalidade dos trabalhadores registrados constituem sua própria poupança em instituições privadas, o que reduz o déficit governamental no pagamento das aposentadorias.

Curiosidades

  • A ilha de Pascoa, um dos pontos mais turísticos mais famosos do mundo se encontra a 3.600 Km do Chile e ainda assim faz parte de seu território.
  • O Chile possui a maior mina ao céu aberto, conhecida como Chuquicamata. Ela tem 4 km de comprimento, 2 km de largura e 780 metros de profundidade.
  • Os cidadãos Brasileiros e Chilenos podem entrar nos territórios do Chile e do Brasil pelas rodovias internacionais, rotas aéreas, marítimas ou ferroviárias, com a simples apresentação da carteira de identidade ou passaporte, válidos e vigentes.

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Até a próxima!

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