GRÉCIA E A CRISE ECONÔMICA EUROPÉIA.

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A crise na qual a Grécia se encontra já perdura longos anos. De um lado o governo grego tentando negociar o pagamento de uma dívida, do outro a União Europeia, liderados pela Alemanha e França, tentando impor ajustes na economia grega.

Mas o que tem motivado essa disputa ao longo de toda essa crise na Grécia e na União Européia? Para explicá-la, vamos ao artigo abaixo!

Uma linha do tempo.

Vamos antes nos situar sobre o que tem acontecido nos últimos tempos na Europa e principalmente na Grécia:

Durante a unificação dos países da Europa para a formação do bloco da União Europeia (UE), muitas economias foram estimuladas, através de empréstimos junto ao FMI, a tomar recursos que deveriam vir acompanhados de medidas que equilibrassem o desenvolvimento do mercado com a presença do governo, de tal modo que o país se desenvolvesse e entrassem todos nos moldes do novo bloco econômico.

No entanto, alguns países, incluso a Grécia, não conseguiram seguir o ritmo de outras economias mais desenvolvidas como as da Espanha, Alemanha, Itália, França dentre outras.

Uma vez que ela não era páreo para atingir as metas estipuladas pela UE e se equiparar aos demais países do bloco, a Grécia continuou tomando recursos junto aos órgãos financeiros da UE e foi se endividando cada vez mais.

Quando a crise de 2008 abalou o mundo, em maior força nos EUA e Europa, os países que não possuíam solidez financeira acabaram sendo afetados em maior proporção, deixando-os à bancarrota. Um destes países foi a Grécia, e foi ai que iniciou-se a lambança toda.

Com constantes negociações entre o governo grego e os demais membros da UE, liderados pela troika (união de três membros) composta pelo Banco Central Europeu (BCE), o Fundo Monetário Internacional (FMI) e a Comissão Europeia, foram liberados pacotes de ajuda financeira à Grécia conforme reformas econômicas e políticas foram sendo realizadas.

Em 2015, após eleições no país, foi eleito o partido SYRYZA (sigla em grego para Coligação de Esquerda Radical) com ideias mais populistas e prometendo acabar com a crise que o país sofria à época.

Seu líder, Aléxis Tsípras foi então posto como o primeiro ministro da Grécia e como o negociador principal com os credores.

Após inúmeras tentativas de negociação e abrandamento das imposições econômicas feitas pela troika, a Grécia deu um ultimato dizendo que não iria avançar no pagamento das parcelas até a negociação sob novos termos, que fossem mais amigáveis à população e ao governo grego.

No entanto, a troika e os demais países europeus não recuaram e disseram não liberar novos recursos até o cumprimento do acordo inicial.

No dia 30 de Junho de 2015, data do pagamento de uma das parcelas no valor de € 1,6 bilhões de euros, não houve o pagamento da quantia pela Grécia, instaurando-se o default do país.

A partir disto, os bancos do país foram obrigados a limitar o saque de dinheiro pelos gregos a fim de evitar uma corrida de tomada de recursos e a quebra dos bancos, além do consequente crash do sistema financeiro do país. Deste então o caos esteve no país com a economia paralisada temporariamente até a resolução do impasse.

Contrário aos requisitos impostos ao país, Aléxis Tsípras convocou um referendo com o intuito de saber se a população aceitaria as regras da troika ou se eles deveriam recusar o acordo e entrar em novas negociações onde a maioria da população (61,5%) disse NÃO às imposições realizadas pela Europa e demonstraram o desejo de um novo acordo que não prejudique a população.

 Crise na Grécia, e agora?

Com o NÃO como resultado do referendo, sobram poucas alternativas à economia grega no momento. Considerada inadimplente e em default (calote), o primeiro ministro terá a dura tarefa de tentar renegocias os termos do acordo inicial que incluem:

  • Aumento de impostos à população;
  • Diminuição da corrupção no país;
  • Mudança de regras no modelo de aposentadoria antecipada;

Já foi dito, no entanto, que a reestruturação da dívida grega é impossível, uma vez que pelas regras da própria UE, impede-se o financiamento de um país pelo BCE. Sabe-se também que aumentaram as chances da saída da Grécia da UE, devido o calote que continua sem impasse.

O governo grego já sinalizou que não irá emitir as antigas moedas que o país possuía (dracma), porém caso o BCE não fomenta a liquidez dos bancos gregos, é possível que a maioria das instituições financeiras do país quebre com a falta de dinheiro em caixa.

Hoje a dívida total da Grécia ultrapassa UM TRILHÃO DE REAIS!!!

Especialistas agora divergem opiniões acerca de qual será o futuro da Grécia, quando o país pode passar por uma saída da zona do euro com a retomada da antiga moeda utilizada antes da adoção da moeda única (euro) ou o sucesso em novas negociações que mantenham o país na UE com um novo fôlego para continuar suas reformas econômicas.

O resultado, só o tempo nos dirá!

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Até a próxima!

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