FMI – O QUE É? O QUE ELE FAZ?

Tempo de leitura: 3 minutos

Para quem lê os noticiários e acompanha as recentes crises no mundo, é visível a situação frágil da economia dos países europeus e da dos Estados Unidos.

Esforços não têm sido negados para que se consiga levantar, mesmo que de forma bamba, as pernas das grandes economias para que o mundo possa voltar a se desenvolver de forma econômica e socialmente.

Mas a situação atual pode gerar uma dúvida na cabeça das pessoas… Não há nenhum órgão nacional ou internacional que possa ajudar a resgatar o sistema financeiro e ajudar estas economias a se reconstituírem?

Sim!!! O FMI pode!

O FMI (Fundo Monetário Internacional) é uma organização internacional com data de criação em 1945. Sua constituição se deu logo após a 2º Guerra Mundial e o fundo foi criado com o objetivo de levantar as economias que foram abaladas pela guerra.

Seus objetivos atuais não fogem muito dos que eram antes (com a exceção de que a guerra acabou e os países já conseguiram se estabilizar) que são promover:

  • A cooperação monetária internacional.
  • A estabilidade do câmbio.
  • O desenvolvimento e expansão do comércio.
  • Ajuda financeira aos países membros.

Dos objetivos listados acima vamos nos focar naquele que foi o gatilho para o artigo, a ajuda financeira que o FMI proporciona aos países membros em dificuldade econômica.

FMI e a ajuda econômica.

O FMI detém uma reserva financeira pessoal que é fomentada através de depósitos que os países membros realizam através de suas cotas. Esta cota é uma porcentagem de influência que cada país membro possui dentro do FMI e é equivalente ao total depositado por este país.

Esta influência é o peso do voto que o país possui na hora das decisões tomada pelo fundo, sendo que atualmente os Estados Unidos são seu maior cotista com 17,08% de peso no voto.

Mas, como é determinado quanto cada país deve doar ao FMI?

Os países membros têm suas cotas estipuladas através da análise de seus indicadores econômicos, ou seja, quanto maior e mais forte for a economia de um país maior será sua cota de contribuição e maior seu poder de influência dentro do fundo. Este modelo foi adotado a fim de evitar que países menores e mais frágeis tivessem que doar grandes quantias e assim prejudicar suas economias.

E quais as vantagens de um país possuir cotas maiores?

Qualquer membro pode solicitar o saque de 25% de sua cota já depositada, então uma vez que o país possua uma cota elevada, maior poderá seu o seu saque. Para saques maiores que este valor, o país deve preencher um termo de responsabilidade fiscal e financeira.

FMI, o supervisor da dívida externa.

O FMI também é o órgão que supervisiona a dívida externa que é o débito de todas as captações feitas por um país no exterior. Estes empréstimos e financiamentos podem ser adquiridos tanto pelos governos como por empresas estatais e privadas.

Hoje a dívida externa do Brasil gira em torno de 150 bilhões de dólares, a segunda maior entre os países “subdesenvolvidos” ou emergentes.

E apesar de o Brasil possuir reservas de cotas no FMI maiores que sua dívida, o país não pode quitar seu débito por dois motivos:

  • O FMI não permite o pagamento da dívida em uma única parcela.

E

  • Caso o Brasil passe por uma crise ele não teria como usufruir do saque de suas cotas para poder proteger seus sistema financeiro.

Então é isso! Agora você conhece o FMI, um dos maiores órgãos mundiais e uma das mais respeitadas instituições. Se gostou não deixe de compartilhar com os amigos!

Até a próxima!

5 Comentários





  1. Artigo muito bom! Tenho uma dúvida: quando o Brasil fez empréstimo no FMI, e qual foi o valor do empréstimo? Obrigado!

    Responder

    1. Olá Saulo!

      O Brasil não chegou a emprestar dinheiro ainda ao FMI. O que ele fez na verdade foi disponibilizar uma linha de até 10 bilhões de dólares caso o FMI necessite.

      Abraços!

      Responder

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