TIPOS DE GRÁFICOS – ANÁLISE GRAFISTA

Tempo de leitura: 5 minutos

Esse artigo sobre tipos de gráficos é a continuação do artigo principal sobre Análise Grafista que você pode acessar clicando aqui.

(Para dar continuidade no conteúdo abaixo, recomendamos fortemente que você leia antes o artigo clicando no link acima).

Na escola grafista existem diversos tipos de gráficos para análise, cada um com sua especificidade e meio de leitura. Porém, se faz impossível ter em mente todos os diferentes tipos, visto que o excesso de informações tende mais a atrapalhar do que a ajudar no momento da análise.

Desse modo, a melhor maneira de se analisar ativos através da escola grafista é seguir uma linha de raciocínio ou sequência lógica, tal como um jogador de xadrez que escolhe uma “escola” ou linha de pensamento e a aplica em todas as suas partidas.

Sendo assim, nessa segunda parte da série de análise grafista vamos aplicar as técnicas de análise grafista que são utilizadas diariamente no mercado financeiro para realizar as negociações.

Tipos de gráfico

A leitura dos movimentos das ações é feita de forma gráfica em um plano que mede valor versus a passagem de tempo. Desse modo, um gráfico quando visto da esquerda para a direita indica qual a variação na cotação da ação dentro de um período pré-determinado de tempo.

Em cima destas variações, os analistas e investidores são capazes de observar padrões de movimentos, padrões estes que darão base à sua estratégia de investimento.

Dentro do universo grafista, podemos observar dois tipos principais de gráficos, os quais você irá se deparar em 90% das vezes, sendo eles o gráfico de linhas e o gráfico de candlesticks.

a) Linhas:

O gráfico de linha é, como seu nome já informa, uma linha contínua que registra a movimentação do sobe e desce das ações.

Considerado pela grande maioria de analistas como um gráfico “pobre”, ele apresenta pouquíssimas informações aos investidores, visto que não registra qual foi a movimentação do valor da ação dentro de um pregão, demonstrando apenas o valor de fechamento dos dias.

Utilizado geralmente para comparação de rentabilidade entre índices ou ações, ele é visualmente mais simples de entender, uma vez que ele mostra o sobe e desce das ações.

b) Candlestick:

Conhecido em português como gráfico de velas, seu desenho se assimila a uma vela, do inglês, candle. Diferente do gráfico de linhas, o candlestick por si só já apresenta um enorme volume de informações visuais. Vejamos:

Um candlestick de cara já nos dá quatro informações importantes:

i. Alta ou baixa: candlesticks da cor verde indicam que a ação fechou o dia em alta enquanto que candlesticks vermelhos que a ação fechou em baixa.

ii. Abertura e fechamento: no candlestick verde, o fundo indica qual o valor de abertura da ação e o topo indica o último valor negociado do pregão. No candlestick vermelho se lê o oposto.

iii. Mínima e máxima: o risco vertical no interior do candlestick indica qual o preço máximo que a cotação atingiu, bem como o preço mínimo. Esse risco é muitas vezes conhecido como sombra, sendo a sombra de alta quando para cima e sombra de baixa quando há a queda no valor da ação.

Em um exemplo prático, podemos imaginar uma ação que abriu no mercado ao valor de R$ 25,00, atingiu uma mínima de R$ 24,75 (-1%), chegou ao máximo negociado a R$ 26,05 (+4,2%) e encerrou a R$ 25,37 (+1,48%). Sua candlestick no dia ficaria da seguinte maneira.

Com essas informações, sabemos de prontidão ao olhar um gráfico se a ação subiu ou desceu, qual seu máximo e mínimo e seu valor de abertura e de fechamento. Ao fim de quatro meses, o mesmo gráfico diário da imagem do gráfico de linhas se apresentaria conforme imagem abaixo.

BÔNUS:

Ainda dentro dos padrões de desenhos do candlestick é possível verificarmos a formação de um padrão chamado Doji. Os dojis são candles onde o preço de abertura e o de fechamento são o mesmo ao final do pregão, mesmo que a cotação deste ativo tenha variado ao longo do dia.

Quando um doji ocorre significa que o mercado está indeciso sobre qual o valor justo de uma ação, visto que nem compradores e vendedores conseguiram impor um movimento de alta ou baixa no ativo, valorizando ou depreciando seu valor.

Dependendo do tamanho da variação intraday (dentro de um pregão) da cotação do ativo, o doji pode receber um nome diferente, sendo ele base para diversas análises de desenhos grafistas, conforme explicado no artigo sobre Indicadores.

Então é isso, agora você sabe quais os principais tipos de gráficos existem e como interpreta-los! Espero que suas análises possam ficar cada vez mais assertivas a partir de agora.

O conteúdo sobre Tipos de Gráficos é parte integrante do nosso Guia de Investimentos. Caso queira baixar a sua primeira parte gratuitamente, clique aqui.

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Até a próxima!

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