EVOLUÇÃO TECNOLÓGICA, O PROCESSO II.

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Continuando a parte I (clique aqui) do texto sobre a evolução tecnológica pela qual expomos como a tecnologia revolucionou o mundo e também a forma de fazer economia, vamos hoje estudar o segundo grande passo tecnológico pelo qual o mundo passou: A revolução digital.

Da tonelada à palma da mão.

Acredito que todo e qualquer avanço que tivemos nas últimas décadas não poderia ter sido realizado sem eles, os computadores. Antes grandes blocos de processamento para tarefas simples e hoje dispositivos inteligentes em aparelhos menores do que nossas palmas das mãos.

Atualmente os computadores são máquinas superpotentes que tentam imitar, e na opinião de alguns consegue superar, o processamento, o armazenamento e a capacidade criativa do cérebro humano. Será?

A história do computador é grande e longínqua, e se tomarmos por base computador como uma máquina de processamento de cálculos, podemos muito bem dizer que uma das primeiras veio de Pasqual e sua calculadora automática no séc. 17. Ela era um artefato que possuía uma engenharia mecânica que de acordo com o posicionamento de suas manivelas devolvia o resultado para sua conta.

Mas tomando que computador como aquilo que temos hoje em nossas mesas de trabalho, a sua história começa na Alemanha, durante a segunda guerra mundial, quando o alemão Konrad Zuse desenvolveu uma máquina capaz de executar cálculos previamente escritos em fitas perfuradas. O governo, no entanto, não viu utilidade no projeto e abandonou o engenheiro.

Enquanto isto, engenheiros de do exército dos EUA desenvolveram seus primeiros computadores com finalidade bélica. A ideia era uma máquina que pudesse calcular a trajetória dos mísseis e assim otimizar as estratégias de guerra. Seu nome era ENIAC (Eletronic Numeric Integrator and Calculator) e ele possuía basicamente três funções:

  • Codificar instruções na memória do computador (através do código binário).
  • Armazenar instruções para consulta e processamento futuro.
  • Busca e processamento de dados previamente armazenados.

O que hoje parece uma coisa simples de fazer, à época era algo extremamente trabalhoso. E foi assim que o primeiro “computador” estava criado.

A evolução tecnológica dispara!

A história dos computadores modernos tem pouco mais de cinquenta anos, o que em termos de tempo não são quase nada para tamanha evolução. Até a década de 70, ter um computador exigia milhões em investimentos, além de um espaço enorme para abrigar as máquinas que ocupavam mais de 100 m². Um dos primeiros computadores vendidos ao público geral foi o Altair 8800, um computador da Intel que vinha junto de uma revista para o usuário montar sua própria máquina.

Dois usuários destes novos dispositivos foram duas pessoas extremamente importantes na história da computação que seria um crime não falar deles: Bill Gates e Steve Jobs.

Gates

Gates começou a mexer com programação desde a adolescência, quando programava softwares para fliperamas aos 16 anos. Enquanto estava em Harvard, ele teve contato com o Altair 8800 e começou a desenvolver um programa de interpretação de linguagem para este computador. Gates foi um dos primeiros programadores a ver o futuro da informática nos softwares (programas de computador) ao invés de hardware (estrutura física dos computadores).

Jobs

Outro usuário famoso do Altair, Jobs foi além de Gates e produziu, junto a um colega, o primeiro computador pessoal de fácil acesso. Juntos, eles lançaram o Apple I, um computador já montado que permitia ao usuário a realizar funções básicas de processamento. Logo a Intel viu o potencial dos jovens e investiu neles de modo que um ano depois já era lançado o Apple II. Este computador foi um passo enorme no que tange processamento de dados, controle de fluxos de caixas e calculadoras, utilizados pelas empresas.

A era da informação

Uma das coisas mais importantes que veio junto à tecnologia foi a facilidade e rapidez na propagação da informação. Hoje nós vivemos uma revolução no modo de se comunicar e interagir com outras pessoas, sejam elas colegas de trabalho, sejam amigos no outro lado do mundo.

Não só a comunicação mudou como o número de informações cresceu de forma exponencial. Um estudo da Universidade do Sul da Califórnia mostrou que uma edição dominical do jornal americano The New York Times contém mais informações que um inglês teria em toda a sua vida no sec. 18.

Hoje toda e qualquer informação pode ser obtida através da Internet, um dos meios mais importantes e revolucionários no quesito comunicação que foi criado por um grupo de pesquisadores britânicos na década de 1960, aonde o projeto inicial era baseado num modelo de comunicação militar.

O impacto social da Internet é imenso, capacitando bilhares de pessoas ao acesso à informação, cultura, entretenimento, educação e etc. Ela também vem possibilitando uma realização maior de pesquisas em todas as áreas do conhecimento, uma vez que o compartilhamento e o acesso aos mais variados estudos estão disponíveis de forma rápida, segura e barata.

O próximo passo, a Internet das coisas.

Com o avanço da tecnologia muitas coisas vão se tornando inúteis e perdem seu sentido. Quem compraria hoje uma máquina de escrever que não por nostalgia ou para colecionar? Quem usaria um disquete para guardar seus arquivos?

Conforme o tempo passa e novas tecnologias são desenvolvidas as pessoas tendem a migrar de produtos rumo à inovação. Para o especialista em tecnologia Arthur L. R. Souza, o próximo passo da evolução digital é a internet das coisas. Segundo ele, todas as coisas estarão interconectadas através da internet, seja seu carro, sua geladeira, a máquina de lavar.

Exemplificando, Arthur Souza diz que quando seu carro dar indícios de falha, uma mensagem será enviada para você e para a montadora informando sobre o problema. Na mesma hora, a montadora pode indicar uma solução ou um lugar confiável para o cliente realizar o conserto. “As coisas em geral, serão quase que previstas”, afirma o especialista que diz que as empresas terão maior controle sobre seus produtos, sabendo aonde, como e quando são utilizados, permitindo que estas otimizem seus produtos e serviços para melhor atender os clientes.

“A informação e comunicação também serão diferentes”, afirma. Daqui a 50 anos, a TV como a conhecemos provavelmente não irá mais existir. O conteúdo não será mais “jogado” para nós com uma programação estática. As emissoras terão conteúdos armazenados pré-gravados com informações que nós usuários iremos buscar.

E você, o que acha que irá mudar com o avanço da tecnologia? Se gostou não deixe de compartilhar com os amigos!

Até a próxima!

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