GAP – ANÁLISE GRAFISTA

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Esse artigo é a quinta parte dos artigos sobre Análise Grafista que você pode acessar clicando aqui.

(Para dar continuidade no conteúdo abaixo, recomendamos fortemente que você leia antes o artigo clicando no link acima).

No dia a dia da bolsa de valores, é muito comum observarmos no desenho gráfico das ações variações bruscas ou “saltos” no desenho de uma cotação onde um ativo pode saltar para cima ou para baixo em um movimento repentino, sem continuação.

Estes tipos de movimentos são conhecidos como gaps, do inglês lacuna, o que de fato eles representam em um desenho gráfico como demonstra a imagem abaixo.

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Como podemos ver, os fechamentos no início do gráfico apresentam certa regularidade entre baixas e altas. No entanto, o círculo em azul demonstra o tamanho da queda repentina, havendo um espaçamento entre as negociações do dia anterior e do dia posterior ao gap.

Quase sempre os gaps acontecem em momentos de desinteresse pelo ativo, seja pelo lado comprador ou pelo vendedor, causando uma queda/alta forte por falta de referência no mercado. Porém, um gap pode resultar de alguma notícia boa ou ruim que sai na mídia e que muda bruscamente a visão dos analistas e investidores sobre aquele determinado papel.

Nesses casos, o gap é um salto por mudança de perspectivas para a empresa, sendo essa mudança refletida no desenho gráfico, conforme demonstrado na imagem acima.

Pela escola gráfica, na teoria, todo gap aberto é posteriormente fechado, ou seja, quando há uma queda ou alta repentina, é quase certo que o mercado realizará uma correção nos pregões posteriores para compensar o movimento abrupto que ocorreu. A imagem abaixo demonstra isso.

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Após a alta brusca e a abertura de um gap, aproximadamente um mês depois a lacuna foi fechada com a correção do valor da ação para patamares anteriores ao gap.

Dentre os gaps que podem ocorrer diariamente na negociação de um ativo na bolsa de valores, podemos citar três modelos principais os quais o investidor deve ficar atento.

Principais tipos de GAPs:

a) Breakway gap:

Os “gaps de quebra” como também são conhecidos indicam uma forte tendência de alta (quando quebra uma resistência) ou de baixa (quando quebra um suporte) e, contrariando a teoria, raramente são fechados.

Se o breakway gap ocorrer para cima ou para baixo dentro de uma zona de congestão, acompanhado de um crescimento de volume, temos geralmente um forte movimento de manada com investidores acompanhando o mercado, reforçando a queda ou a alta do ativo.

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b) Midway gap:

Os midways gaps, ou gaps do meio, ocorrem geralmente dentro de tendências de alta e baixa (clique aqui [em breve] e entenda o que é uma tendência) e são vistos como confirmações de que a ação vai continuar em ascensão (se a tendência for altista) ou em queda (se a tendência for baixista). São geralmente acompanhados de elevados volumes de negociação e tendem a ser o maior (na alta) ou menor (na baixa) valor da cotação observado no dia.

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No Midway, o gap reforça o movimento conforme a imagem, quando o gap abre uma lacuna para cima dentro de uma tendência altista. Caso fosse uma tendência baixista, teríamos um gap abrindo para baixo.

c) Exhausting gap:

Os gaps de exaustão podem definir o fim de uma tendência baixista ou altista, quando abre uma lacuna reforçando o movimento observado (alta/baixa), porém com cada vez menos ímpeto e volume de negociação, demonstrando que o mercado está se cansando (ficando “exausto”) do movimento.

O exhausting gap pode ser confundidos com o midway gap que, a priori, reforça a tendência da ação. Nesse caso, um bom meio de verificar a diferença entre eles é observando o volume de negociação, no qual o Midway é contínuo/crescente e no exhausting decrescente.

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Conforme imagem, o exhausting abre um gap contrário à tendência quebrando para baixo em uma tendência altista ou quebrando para cima em uma tendência baixista.

Entendeu o que são GAPs? Pois é, eles são poderosas ferramentas para identificarmos se uma ação vai continuar subindo, caindo ou mudar de posição!

No próximo artigo, falaremos sobre o os indicadores grafistas que os padrões gráficos apresentam. Não perca…

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Até a próxima!

 

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